( Fonte nas Termas de S. Pedro do Sul )
A água mineral natural das Termas de São Pedro do Sul apresenta-se francamente mineralizada (356 mg/l), com reacção muito alcalina (8,35 < pH < 9,00) e macia. Em termos iónicos designa-se por bicarbonatada sódica, carbonatada, fluoretada, sulfídratada sódica e fortemente silicatada.
* mineralização total – 303.4;
* sulfuração total - 22.8;
* Alcalinidade total – 23;
* Dureza - 0.8.
A exploração é feita em nascente artesiana “nascente termal” com um caudal de 10 L/s que emerge á superfície à temperatura de 68.7ºC com o pH de 8.89 a 18ºC.
A água mineral natural provém de um aquífero muito profundo, brotando naturalmente do interior da terra com elevada estabilidade físico-química e pureza biológica (total ausência de germes nocivos e patogénicos).
Nas Termas de São Pedro do Sul são conhecidas desde a antiguidade seis nascentes de água termal. Actualmente, os balneários podem ser abastecidos pela Nascente Tradicional (NT) e pelo Furo AC1 (Captação de
Mas como a água termal é captada naturalmente quente, é preciso arrefece-la para poder ser aplicada nos tratamentos a cerca de 37ºC
A energia resultante deste arrefecimento, por um processo de permuta, é usada para fornecer a vários consumidores na zona das Termas. Actualmente esta energia é utilizada para aquecer o ambiente de algumas unidades hoteleiras e ainda os Balneários, bem como as águas sanitárias daquelas unidades.
Existe vários processos na ETAR para tratar os efluentes que passam primeiramente pela gradagem, o desengorduramento, o desarenamento; seguido de um tratamento biológico de gorduras; de uma decantação lamelar e uma nitrificação/desnitrificação. A ETAR recebe os efluentes por intermédio de quatro contentores. Existe uma câmara de mistura onde se faz a junção das águas brutas que serão posteriormente dirigidas para um conjunto de grades com um sistema de limpeza automático. É graças a um transportador-compactador que os resíduos são extraídos e enviados para um contentor de armazenamento.
Þ Pré-tratamento constituído por gradagem, desengorduramento e desarenamento:
A gradagem vai eliminar os resíduos, de modo a proteger a decantação lamelar situada a jusante. A medição do caudal é feita num canal Parshall através de ma sonda ultrasonica. Depois da gradagem, as aguas passam pelo desarenamento/desengordurante que se realizem juntos equipados com turbinas de difusão de ar e uma ponta raspadora e extractora de areias. Depois de realizar uma flutuação das matérias oleosas, há uma recolha automatizadas areias e das gorduras.
Þ Tratamento Biológico de Gorduras:
Þ Decantação lamelar (Tratamento Primário):
Os efluentes resultantes do pré-tratamento são submetidos a uma decantação primária em duas unidades rectangulares, as lamas são raspadas do fundo e extraídas por bombagem pode haver uma adição de químicos.
Þ Nitrificação/desnitrificação em baixo carga (Tratamento Secundário):
A degradação da matéria orgânica, assim como os nutrientes (azoto e fósforo), tem lugar nos tanques biológicos. Esses tanques são constituídos por duas zonas diferenciadas. A zona anóxica onde ocorre a desnitrificaçao e na zona aeróbia ocorre a nitrificaçao. A água é separada da biomassa nos decantadores, para clarificar a água e poder reutilizar a matéria viva para realimentar os tanques biológicos e para garantir que a massa de lamas corresponda à carga massica de funcionamento.
Þ Desinfecção (Tratamento Terciário):
As águas subterrâneas são um recurso natural indispensável para a vida e para a integridade dos ecossistemas, representando mais de 95% das reservas de água doce exploráveis do globo terrestre.
As águas subterrâneas resultam da infiltração da água proveniente da precipitação e dos rios, formando os lençóis freáticos.
Para a captação das águas subterrâneas, utilizadas normalmente para a rega de pequenos terrenos ou consumo doméstico, recorre-se a diversas estruturas como poços e furos artesianos.
A água subterrânea, que possa ser utilizada para consumo doméstico, é cada vez mais escassa á medida que a população, a indústria e a agricultura se expandem.
Ao contrário dos rios e dos lagos, estas reservas uma vez contaminadas, o seu estado é quase irreversível, pois a água subterrânea não recebe oxigénio atmosférico e a sua capacidade de auto purificação é muito baixa.
A poluição das águas subterrâneas na nossa região deve-se essencialmente ao uso intensivo de adubos e pesticidas em actividades agrícolas, à deposição de resíduos industriais sólidos e líquidos, deposição de lixos urbanos e aterros, deposição de dejectos de animais resultantes da actividade agropecuária e construção incorrecta de fossas sépticas.
A construção incorrecta de fossas sépticas deve-se muitas vezes á falta de saneamento básico nas localidades rurais.
A construção de saneamento necessita de um elevado investimento em obras e constantes melhoramentos, o que faz com que muitas vezes este tipo de estruturas seja inexistente ou pouco eficaz.
A falta de saneamento nos meios rurais leva à construção de fossas sépticas feitas no local, o que aumenta o risco de contaminação das águas subterrâneas.
Uma alternativa para evitar este tipo de contaminação é o uso de fossas sépticas pré-fabricadas, na medida em que são uma mais valia no combate a doenças e contaminação da água, pois evitam o lançamento de dejectos humanos directamente em rios, lagos ou mesmo na superfície do solo.
Em suma, a captação de água subterrânea para aumentar o fornecimento de água deveria ser evitada a todo o custo – a menos que se garanta que o lençol freático de onde se tira a água seja reabastecido. Como a água subterrânea se mantém fora do alcance das nossas vistas, pode-se tornar contaminada gradualmente, sem despertar a nossa atenção, sendo muitas vezes tarde de mais para reverter o dano causado pela poluição.
Assim, a única abordagem racional é evitar a contaminação.
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